Com o objetivo de fomentar a criação de novas obras e ao mesmo tempo possibilitar sua estréia, Ibermúsicas projetou este concurso no qual foram premiadas dez obras de dez artistas iberoamericanos. A premiação inclui, além do prêmio à criação, a estréia das obras ganhadoras por parte de ensambles de países designados, diferentes dos da nacionalidade da compositora ou do compositor. Isto foi pensado com o propósito de fomentar o crescimento de uma rede que vincule a criação, a interpretação e a cooperação entre os nossos países.
O júri composto por Nelly Gómez da Argentina, Leonardo Martinelli do Brasil e Cergio Prudencio da Bolívia trabalhou intensamente na eleição das dez obras vencedoras das sessenta e quatro apresentadas a concurso. O júri destacou o altíssimo nível artístico de grande parte das obras apresentadas a concurso. Todas as obras foram escolhidas por consenso absoluto entre os três membros do júri.
Nelly Beatriz Gómez. Argentina. É Professora de Artes, Música pela Universidade Nacional das Artes, Professora Superior de Música com especialização em Composição, Compositora com especialização em Música de Câmara e Sinfônica, Post Título em “Música Contemporânea e mídia mista” pelo Conservatório Superior de Música Manuel de Falla. Ela atua como presidenta do “Fórum Argentino de Compositoras” e integra a Comissão Diretiva da Associação Argentina de Compositores. Participa como jurado em diversos concursos, nacionais e internacionais, em 2019, 2020 e 2021 para os Prêmios Gardel, em 2020 e 2021 para o Prêmio Nacional de Composição do Panamá. Atua como Chefe do Departamento de Música e Professora do Colégio Nacional de Buenos Aires, Universidade de Bs. As. e Professora do Conservatório Superior de Música M. de Falla. Compôs obras solistas, de câmera, corais, sinfônicas e óperas. A música é sua forma de expressar e transmitir seus sentimentos, seu pensamento social e a reivindicação dos Direitos Humanos.
Leonardo Martinelli. Brasil. É compositor, professor universitário, conferencista e pesquisador, com doutorado pela UNESP (Universidade Estadual Paulista). Suas pesquisas e composições enfatizam a questão do affetto e da expressividade enquanto elemento estrutural nas poéticas musicais contemporâneas. Recentemente dirigiu os programas educacionais do Theatro Municipal de São Paulo e tem trabalhado na promoção e debate da sustentabilidade da música clássica e dessa atividade como fator de mudança social, incluso duas conferência compartilhadas na Classical:NEXT, em Rotterdam. Atualmente atua como docente junto à Faculdade Santa Marcelina e à Escola Municipal de Música de São Paulo. Recentemente sua ópera “O peru de Natal” foi estreada no Theatro São Pedro da capital paulista. Tem também outros dois títulos operísticos encomendados pelo Theatro Municipal de São Paulo (Navalha na carne) e pelo Festival Amazonas de Ópera (Três minutos de sol). No momento, além de engajado em diversos projetos de composição e criação musical, Leonardo Martinelli atua como professor de composição, história da música, estética musical e de fundamentos da linguagem musical na Faculdade Santa Marcelina e de análise musical, teoria da música e do Ateliê Contemporâneo na Escola Municipal de Música de São Paulo, além de atuar como colaborador para a Revista Concerto.
Cergio Prudencio. Bolivia. É compositor, maestro, teórico e investigador, docente, gestor cultural e poeta. Seu trabalho musical está indissoluvelmente ligado à Orquestra Experimental de Instrumentos Nativos (OEIN) em sua qualidade de fundador e Diretor Emérito. Sua obra compositiva se ramificou autonomamente em sendas paralelas que abrangem outros instrumentos ocidentais convencionais, sós, grupos de câmara, música sinfônica e eletroacústica, e uma ópera de câmara, bem como música para cinema e audiovisual. Em poesia publicou Temporalia 7 (2018) e Imagens desimaginadas (2021), ambos em Editorial 3600. Foi bolsista da Fundação Guggenheim, presidente da Fundação Cultural do Banco Central da Bolívia e vice-ministro de Interculturalidade.
Com orgulho e alegria anunciamos os nomes das obras ganhadoras e de suas criadoras e criadores:
País: Argentina
Obra: Quemar las naves
Para: Clarinete baixo y duas guitarras elétricas
Compositor: Gonzalo Marhuenda
Pseudônimo: Mario Santos
Ensamble: Nancy – Uruguay
País: Brasil
Obra: Entressonho
Para: flauta alto, clarinete bajo, arpa y percusión
Compositor: Felipe de Almeida Ribeiro
Pseudônimo Mario de Andrade
Ensamble: Ensamble CG – Colombia
País: Chile
Obra: Si oscura la vista
Para: tres violines, viola y violoncello
Compositor: Cristian Alejandro Morales Ossio
Pseudônimo: Andrei
Ensamble: Pu Joa – Paraguay
País: Colômbia
Obra: Solo
Para: Para clarinete, saxofón alto y fagot
Compositor: Jesús Buendía Puyo
Pseudônimo: Vaho
Ensamble: Abstrai Ensemble – Brasil
País: Costa Rica
Obra: Último Sol
Para: contratenor, clarinete, violı́n, viola, cello y contrabajo
Compositor: Pablo Santiago Chin Pampillo
Pseudônimo: J. S. Leverkhün
Ensamble: Ensamble Paisaxe – Panamá
País: Equador
Obra: LIM-A
Para: piano intervenido, saxo alto y electrónica fija
Compositora: Ana González Gamboa
Pseudônimo: xyz
Ensamble: NazDúo – Perú
País: México
Obra: Desde el lugar del misterio
Para: Cuarteto de percusiones
Compositor: Aurés Kabir Moussong García
Pseudônimo: Krini
Ensamble: Pulsat Percussion Group – Portugal
País: Paraguai
Obra: JÝI
Para: dos saxofones tenores
Compositor: Mateo Servián Sforza
Pseudônimo: William Turner
Ensamble: Auros Dúo – Chile
País: Portugal
Obra: Cae mi voz
Para: flauta, clarinete y saxofón barítono
Compositor: Luís Filipe Neto da Costa
Pseudônimo: Xavier Villaurrutia
Ensamble: Neighborwoods – México
País: Uruguai
Obra: A qué hora volverán
Para: flauta y piano
Compositor: Vladimir Guicheff Bogacz
Pseudônimo: Mirlo
Ensamble: El Dúo – Argentina