Rancho Aparte é o nome deste grupo do Pacífico colombiano, composto por jovens músicos que procuram intransigentemente as raízes de uma música nascida da alegria da liberdade reconquistada e da tristeza de a ter perdido um dia. Sons de abozaos, polcas, danças, rebulú, contradanças, canções e ritmos que evocam a outra África são a base deste grupo. Quando o Rancho Aparte toca, eles tocam o clarinete, o saxofone de cobre, o tambor e uma voz de raízes e sem escolaridade.
Em 2005, na cidade de Quibdó – Chocó, um grupo de jovens músicos reuniu-se em torno de um assunto que fazia parte do seu quotidiano: a música tradicional do Pacífico Norte, analisando os seus problemas, discutindo formas de a fazer avançar e concebendo estratégias que a tornassem uma música com difusão nacional e internacional, ao nível de outros ritmos folclóricos colombianos, até atingir um posicionamento comercial. Eles se propuseram a criar uma chirimía: grupo musical tradicional do Pacífico norte. Assim nasceu o Rancho Aparte.
O nome tem um conteúdo social, uma vez que na região havia uma apatia acentuada em relação aos jovens que tentavam aproximar-se destes ritmos, uma vez que, devido ao seu carácter tradicional, apenas os mais velhos geravam credibilidade, e os jovens eram vistos como uma espécie de distorcedores do som. “Vamos fazer o Rancho Aparte, a nossa própria visão da nossa música, vamos fazer o nosso próprio som, respeitando os mestres que fazem a música tradicional e os mestres que nos legaram” foram as palavras conclusivas na altura da fundação deste grupo.
A proposta do Rancho Aparte foi a vencedora da convocatória especial do Ibermúsicas – Mid Atlantic para circulação nos Estados Unidos, convocatória 2023.
- De 20 de setembro a 5 de outubro, digressão pelos Estados Unidos