A 18 de Novembro, no âmbito do “2º Simpósio de Música no Paraguai: Guarania, Património Cultural Intangível do Paraguai para o Mundo” com o lema em Guarani “Taipu rory ñane remiandu – Que os nossos sentimentos soem alegremente”, foi anunciada a vencedora do Concurso Iberoamericano “La Guarania, banda sonora do Paraguai para o mundo – criação de canção”.
O júri, composto por Betty Figueredo, Sergio Cuquejo e Juan Carlos Do Santos escolheu como vencedora, entre as 25 propostas apresentadas, a obra “Juliana y el Pájaro Trueno” (Juliana e o pássaro trovão) composta pela artista argentina Débora Infante que participou sob o pseudônimo de Nativa.
A fantástica história entre Juliana e o Pássaro Trovão recria e põe em diálogo duas personagens históricas reais com um carácter mitológico. É um encontro imaginário em que o pássaro trovão tenta resgatar uma mulher indiana Guarani chamada Juliana do facto de ter morto o seu karaí (mestre e marido) para se libertar do estado de escravidão e humilhação em que sobreviveu. A ave oferece o seu resgate e o seu amor incondicional para a proteger dos danos e da morte que poderiam ser causados por aquilo que ela tinha feito. A mulher, com veemência e desespero, aceita e implora-lhe que a aceite, que ela será sua amante para sempre.
Débora Infante é poetisa, cantora, compositora e autora. Nascida em Buenos Aires, tem sido cantora de canções argentinas e latino-americanas desde o seu início. Lançou dois álbuns (Herencia Poética e 17 Cicatrizes) e atuou em festivais internacionais na Argentina, Bolívia, Chile, Guatemala e Peru.
O principal objectivo deste concurso é apoiar a nomeação da Guarânia como Património Cultural Imaterial da Humanidade para a UNESCO.