Após um exaustivo processo de avaliação e profunda deliberação, o júri formado por Teresa Fuller Granda, Claudia Cecilia del Valle Muñoz, Eddy Sánchez Sotello e Lucho González, escolheu por unanimidade a obra apresentada sob o pseudônimo de Duendale: “Céu e Serenata” da compositora, pianista e cantora Ana Robles.
O trabalho do júri consistiu na avaliação de 357 trabalhos apresentados a concurso. Todos os seus membros destacaram os altíssimos níveis de criação musical e poética da grande maioria das obras apresentadas, bem como a notável qualidade dos arranjos, a produção musical e o cuidado na apresentação de gravações de alto nível técnico.
A obra vencedora receberá um prêmio de USD 2500 e sua estreia será realizada pelo Balé Folclórico Nacional do Peru.
Aqui o comentário do trabalho feito pela própria Ana Robles e extraído de sua apresentação no concurso:
Nunca pus os pés no Peru, porém cresci ouvindo sua música. Lembro-me de valsas e marineras tocando em fita cassete porque meus pais as amavam, e também as cantávamos em reuniões de família, como parte do ambiente musical em que cresci.
Um pouco mais velha e já estudando e compondo música entrei no mundo dos ritmos afro-peruanos. Há tanta riqueza musical na América Latina que os ritmos que estão sendo descobertos, aprendidos e expandidos parecem maravilhosamente intermináveis.
Porém, há algo que é comum a toda a música: ela tem a particularidade de levar a lugares e situações em que não esteve fisicamente, mas que parecem próximos e possíveis apenas pela forma como é contada e cantada. É aí que reside a magia de Chabuca, visual e atemporal, onde se pode sentir e amar um lugar, uma personagem, um sentimento, uma nostalgia.
Minha canção conta em tempo de valsa o que significam para mim os cantos de Chabuca, com um pouco de saudade de tempos que já não são, mas com alegria e admiração por uma mulher pioneira e atual em tantos sentidos, que deixou uma marca aonde espero continuar caminhando.