A produção musical no Equador nasceu da necessidade do professor Andrés Bracero de poder mergulhar na história da produção musical. Dentro da bibliografia e videografia equatoriana, os pesquisadores sempre se concentraram na etnomusicologia e na musicologia, mas não foi desenvolvido um projeto voltado para a tecnologia de gravação ou processos de produção fonográfica. É assim que foi possível realizar entrevistas com 13 músicos e produtores musicais que atuam desde a década de 1960 até o presente, entre eles: Gustavo Pacheco, os irmãos Gallardo, Enrique Males, Ramiro Acosta, Juan Carlos Gonzales, Alex Alvear, Carlos Gallegos, Ivis Flies, Juan Pablo Rivas, Daniel Pasqual, Renato Arias, Kevin Santos. Com este material em vídeo, foi proposto inicialmente o desenvolvimento de um documentário com duração de uma hora e meia, mas devido à quantidade de informações obtidas, o diretor do documentário, Geovanny Alencastro, juntamente com Andrés Bracero decidiram dividir o documentário em uma docusérie .
Assim, como resultado, obtém-se o primeiro capítulo com duração de uma hora, onde os pesquisadores conseguem mergulhar em três décadas, anos 60, 70 e 80, entendendo o que acontecia nessa época com a música em Quito, Guayaquil e Imbabura. Casas, gravadoras, contratos de distribuição assinados, produção de acetatos e gravação analógica é o que os músicos e produtores locais viviam diariamente; algo inimaginável hoje.
Este trabalho é apenas um olhar, tem sido um trabalho de “Arqueologia”, com procura de fotos e informações que complementam as entrevistas, já que nem os próprios protagonistas tinham registros, mas tem sido enriquecedor para os professores e pesquisadores envolvidos, novos perguntas para continuar desenvolvendo este grande projeto que acaba de começar. Atualmente, o desenvolvimento de mais dois capítulos da série documental está sendo planejado e o livro está em fase de escrita.
O lançamento oficial do primeiro capítulo será nos dias 10 e 11 de maio no Cinema da Universidade das Artes, Guayaquil, Equador, às 10h.
