A obra N’vi’ah para eletrônica, composta por João Pedro Oliveira durante uma residência no Laboratório de Interação Humana da Universidade Diego Portales, em Santiago do Chile, venceu o prémio Metamorphoses na categoria C para compositores seniores. A obra foi criada em 2019 graças às Bolsas para Residências Artísticas concedidas pelo Programa Ibermúsicas nas convocatórias de 2018.
O prémio Metamorphoses – Association dédiée à la musique acousmatique é considerado um dos mais importantes do mundo no domínio da música acusmática. Os jurados nesta ocasião foram: Elizabeth Anderson, Julien Guillamat, Jonty Harrison e Annette Vande Gorne.
N’vi’ah é uma palavra do Antigo Testamento que significa profetisa. Uma profetisa transmite uma ou mais mensagens divinas, muitas vezes na forma de cânticos inspirados. E muitas vezes as suas palavras são enigmáticas, necessitando de interpretação ou mesmo tradução. Esta obra utiliza vocábulos isolados como material de construção. As palavras não se chegam a formar, mas pretendem deixar a quem escuta a possibilidade de imaginar o seu conteúdo e significado. A obra está dedicada a Federico Schumacher.