Diane Denoir é uma referência imprescindível quando se fala de música popular e de vanguarda uruguaia. É por antonomásia a pioneira da canção urbana. Começa como cantora nos vanguardistas Concertos Beat no prestigioso Teatro Solís de Montevidéu, junto a um trio liderado pelo grande Eduardo Mateo, sendo a única mulher a conformar a importante corrente musical de Candombe Beat no final dos anos 60 propondo um repertório que reunia bossa-nova, chanson française, temas de Boris Vian, rock e poemas musicais.
O fato de trabalhar ao lado de Eduardo Mateo, que compôs para ela muitas canções que hoje se tornaram clássicas (Hoje eu te vi, Essa tristeza, Melhor eu vou) potencializou notoriamente sua presença e originalidade nos cenários.
Sua inconfundível voz a transformou em uma cantora de culto não só em seu país mas também na Argentina, Japão, Estados Unidos e Espanha.
Por outro lado, várias de suas composições transcenderam fronteiras, como é o caso de “Como um pássaro livre” em co-autoria com Adela Gleijer, que percorreu o mundo através da voz inigualável de Mercedes Sosa.
Diane Denoir tem musicalizado vários poetas latino-americanos, mas é significativa a sua relação próxima com Mario Benedetti que ao longo de sua estreita amizade dedicou-lhe vários poemas especialmente, alguns deles que fazem parte de seu repertório.
Em sua apresentação em Barcelona, Diane Denoir será acompanhada por um trio de músicos virtuosos. Em arranjos, direção musical, guitarra e baixo, Daniel Lobito Lagarde, de ampla e reconhecida trajetória, integrante de Totem, grupo icônico do candombe beat; na percussão, Alvarito Pérez; e no contrabaixo e baixo, Antonino Restuccia.
Quinta-feira 30 de setembro às 19:30 hs: oficina de candombe, candombe beat e jazz candombe no Ateneu Flor de Maig (c/ Dr. Trueta 195. Barrio del Poble Nou. Barcelona).
Sexta-feira 1 de outubro, 20:00 hs: concerto em Casa Amèrica Catalunya. .