Francesca Ancarola é compositora e intérprete chilena de folclore contemporâneo. Tem dez discos editados na data, dois deles Prêmio Altazor, em 2001 por “Passagem de ida e volta” e em 2007 por “Lonquén – Tributo a Víctor Jara”. Entre sua discografia destaca-se também “Arrullos – canções de berço latino-americanas”, uma seleção de nanas do continente, realizado em conjunto com o pianista de Entre Ríos, Argentina, Carlos Aguirre para Unicef, editado pelo selo Shagrada Medra.
Sendo uma das cantoras de maior reconhecimento em seu país, Francesca tem representado o Chile em festivais tais como Festival de Jazz de Ouro Preto Brasil, Festival de Jazz de Lisboa Portugal, Festival CulturAmerica de Pau Francia, Festival Americanto de Mendoza, Festival de Jazz de Santa Fé, Festival Chilejazz, EXIB Portugal e no Sétimo Festival Música da Terra do Uruguai entre outros concertos. Francesca também representou o Chile na cerimônia do reconhecimento por parte da Unesco do Caminho do Inca como patrimônio da humanidade; e como convidada a “Traigo un Pueblo en mi voz”, homenagem a Mercedes Sosa em Santa Catalina Jujuy dirigido por Popi Spatocco.
Em 2015 lança “Espejo de los Sueños ” (Crann Editores) seu primeiro livro de partituras, inaugurando com ele a Sala Antar do Museu Violeta Parra com quatro concertos para sala cheia. Em 2017 participa junto a seu quinteto no ciclo organizado pela produção do programa radial Holojazz e registra audiovisualmente um concerto na Sala Master da Rádio da Universidade do Chile. Deste registro nasce “La Desentonada”, seu primeiro disco ao vivo e que estreia em 2018 no auditório do Teatro do Lago, sul do Chile.
Compartilhou concertos e projetos musicais com músicos como Carlos “Negro” Aguirre, Antonio Restucci, Simón Schriever, Ensamble Quintessence, Pedro Aznar, Hugo Fattoruso, Juan Quintero, Aca Seca Trío, Lea Freire, Aura Trío, Stu Mindemann, Cristina Narea e Leo Minax entre outros artistas.
Desde 2018, leciona sua Oficina de Canto Popular na Universidade do Chile para o Diplomado de Música Latino-americana. Compõe, conserta e produz seus próprios projetos musicais e há alguns anos participa ativamente no coletivo de cinquenta e em mulheres cantoras que deram vida a “Herança Rebelde”; disco triplo em homenagem a Violeta Parra em seu centenário.
O Festival das Marias é um evento internacional e pluridisciplinar, que se baseia na perspectiva da arte no feminino, ou seja, na criação e exploração feminina nas mais diversificadas áreas da criação artística. Assim, o festival pretende apresentar várias propostas de diversas áreas artísticas, todas elas obras de mulheres, sobre mulheres, mas para todos. O Festival das Marias 2021 tem tido como sedes vários locais do Alentejo: Beja, Aljustrel, Grândola, Mértola e Santiago do Cacém, potenciando parcerias e dando continuidade ao trabalho entre municípios e agentes culturais iniciado pelo FITA – Festival Internacional de Teatro do Alentejo.