Categoria: Notícias rotativas

O Ciclo On/Off de Música Contemporânea é um projeto autogerido focado na divulgação e promoção da música contemporânea e experimental no Equador. Este ciclo busca criar um espaço de intercâmbio e colaboração entre artistas latino-americanos, com ênfase especial na música experimental e na improvisação livre.

Nesta ocasião, contará com a participação da flautista argentina Juliana Moreno e seu projeto solo Cardinal, composto por obras de compositoras argentinas onde se fundem a flauta traversa com elementos multimídia. Esta turnê busca destacar o trabalho de compositoras argentinas e fomentar a colaboração artística entre a Argentina e o Equador.

As atividades do ciclo incluirão concertos, workshops e palestras. Os concertos serão centrados na música contemporânea, com especial atenção às obras do álbum Cardinal, e serão acompanhados por workshops ministrados por Juliana Moreno sobre improvisação e exploração de novas sonoridades da flauta. Além disso, serão realizadas palestras que abordarão temas-chave como o processo criativo de Cardinal, a representação feminina na música contemporânea e a importância da criação multimídia e da experimentação sonora.

Juliana Moreno é musicista, flautista, improvisadora e professora. Seu campo expressivo se desenvolve no contexto das linguagens musicais contemporâneas, provenientes tanto do âmbito acadêmico quanto da improvisação livre e da música popular. Pertence a uma das primeiras gerações de artistas com especialização em música contemporânea, que, em estreita colaboração entre instrumentistas e compositores, contribuíram significativamente para a cena musical atual da Argentina, apresentando-a nas principais salas do país e em diversos palcos internacionais. Além disso, participa ativamente como solista e em diversos grupos de câmara. Estreou uma ampla variedade de peças tanto para flauta solo quanto para flautas e meios eletroacústicos, e introduziu as flautas baixo e contrabaixo no repertório argentino.

Integrou os conjuntos “Orquesta del destino”, “Mei – música para flautas”, “Gestualt”, “Colectivo de Creación Sonora”, “Resplandecencias” e “El Combo del Santiamén”. Atualmente, desenvolve o projeto Cardinal e faz parte dos conjuntos “Aglomerado” e “Colección de eventos extraños”. Realizou os designs sonoros das peças teatrais “Fuera de cuadro” (em conjunto com Fabiana Galante), “La magnolia” e da obra audiovisual “A medio camino de ningún sitio” (em conjunto com Lucía Meira), dirigidas por Deby Wachtel.

Atualmente, é professor no Programa de Orquestas Infantis e Juvenis da Cidade de Buenos Aires e no Conservatório Superior de Música Manuel de Falla.

Esta proposta do Ciclo On/Off de Nueva Música foi vencedora da convocatória 2024 do Programa do Ibermúsicas na linha de “Apoio à programação musical”.

• 29 e 30 de setembro: Centro de Arte Contemporânea, Quito, Equador
• 1º de outubro: Casa da Música, Quito, Equador
• 2 de outubro: Universidade das Artes, Guayaquil, Equador
• 3 de outubro: Universidade de Cuenca, Equador

O projeto tem como principal objetivo a preservação e a valorização da música de São Tomé e Príncipe, bem como a sua divulgação fora do país. Pretende-se produzir materiais audiovisuais de qualidade do grupo musical Tempo, cuja atividade marcou a história da música das ilhas.

Num formato restruturado, que resultou numa sonoridade enriquecida e adequada a vários palcos e públicos, o grupo mantém a sua essência, bem enraizada na tradição das ilhas. No âmbito do projeto, além de uma residência criativa com músicos convidados e de gravação do material audiovisual, está programado um ensaio aberto na Casa da Cultura de Sacavém, um concerto no Club B.Leza, um workshop e um seminário.

O Grupo Tempo surgiu em 1995, quando três amigos – Guilherme Carvalho, João Carlos “Nezó” e Oswaldo Santos – encontraram-se em São João dos Angolares, localidade no sul da ilha de São Tomé, onde o Nezó nasceu e vive até agora e onde o Guilherme trabalhava naquela altura. Os três eram exímios tocadores de guitarra e excelentes compositores. Todos já se tinham dedicado à atividade musical, tanto nos projetos individuais como de grupo. O trio começou a trabalhar nas primeiras músicas e procurar lugares para atuar.

O seu sucesso deveu-se à qualidade e à originalidade das suas composições. Todas eram bem enraizadas nos ritmos locais – tanto mais tradicionais, como populares, da época dos conjuntos – no entanto os arranjos que propuseram transformaram profundamente esta música, dando-lhe uma nova sonoridade. O grupo gravou dois discos, um na Suécia, em parceria com o percussionista sueco, Per-Arne Larsson, que durante alguns anos fez parte do grupo, e outro, que não chegou a ser editado, em França. No final da primeira década dos anos 2000, o grupo suspendeu a sua atividade.

No início de 2024, dois membros do antigo grupo, João Carlos “Nezó” e Guilherme Carvalho, decidiram reativá-lo, alargando o seu formato para conseguirem chegar aos mais diversos palcos e públicos. À base original – três violas e três vozes – foi acrescentado baixo, bateria, percussão e uma voz feminina. Iniciou-se o trabalho nas novas composições, bem como a revisão e rearranjos de alguns temas já existentes. O grupo decidiu abreviar o seu nome e neste novo formato chama-se simplesmente “Tempo”.

O projeto de Reativação do grupo musical Tempo, produzido pela investigadora e gestora cultural Magdalena Chambel, foi um dos seis projetos vencedores do convite “Viagens pela música em língua portuguesa”, um prêmio concedido pela FUNARTE do Brasil e DGArtes de Portugal em colaboração com a CPLP para artistas musicais dos países PALOP + Timor Leste. Ao mesmo tempo, este projeto conta com o apoio da Câmara Municipal de Loures, grupos de moradores e estabelecimentos de restauração do bairro Quinta do Mocho, Paranada Crl e Manga-Manga.

• 29 de setembro a 6 de outubro: Residência criativa na Casa da Cultura de Sacavém
• 1, 6 e 11 de outubro: Workshop “Som ao vivo” no B.Leza e Casa da Cultura de Sacavém
• 2 de outubro: Conferência “Música como fonte para a história” na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
• 6 de outubro: ensaio aberto na Casa da Cultura de Sacavém,
• 7 e 8 de outubro: Filmagem no Club B.Leza,
• 9 de outubro: Workshop para crianças “Ouvir, imaginar e expressar: São Tomé e Príncipe pintado e cantado”, Casa da Cultura de Sacavém
• 10 de outubro: Concerto no Club B.Leza.

Diego Janssen realizará uma turnê internacional, começando suas atividades em Córdoba, Argentina, e continuando pela Espanha e Portugal para apresentar shows e workshops.

Multiinstrumentista, produtor e intérprete, é um alquimista sonoro que funde a força ancestral do candombe afro-uruguaio com um estilo contemporâneo, enérgico e único.

Ele se apresenta ao vivo com um set dinâmico de guitarras, samplers de tambores e visuais interativos, oferecendo shows inovadores e inesquecíveis de live looping em todo o mundo.

É duas vezes vencedor do Prêmio Nacional de Música na categoria Jazz Fusion e, em 2022, recebeu o Prêmio Graffiti de melhor álbum de Candombe Fusión.

A proposta de Diego Janssen foi premiada na convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”.

• 25 de setembro: Workshop e show na Bienal de Música de Córdoba, Argentina
• 26 de setembro: Workshop na Escola de Música La Colmena, Córdoba, Argentina
• 3 de outubro: Show no Peor para el Sol, Madri, Espanha
• 8 de outubro: Show na La Fábrica de Hielo, Valência, Espanha
• 10 de outubro: Show no Absenta del Raval, Barcelona, Espanha
• 11 de outubro: Show no Atahualpa Argentona, Barcelona, Espanha
• 15 de outubro: Show na Casa Figari, Espanha
• 18 de outubro: Show no Sofar Pontevedra, Galiza, Espanha
• 24 de outubro: Masterclass e Show no MATE Festival 2025, Coimbra, Portugal

Trata-se de um projeto de intercâmbio cultural entre o México e a Argentina para a divulgação do repertório sinfônico orquestral, música tradicional e nova música de compositores ativos, oferecendo concertos, estreias de obras, conferências e masterclasses para estudantes de música e público em geral.

Este encontro faz parte de um trabalho colaborativo entre duas orquestras. Pelo lado mexicano, a Orquestra Sinfônica de Yucatán receberá um maestro e um compositor argentino para apresentar um concerto com um programa sinfônico de obras de compositores argentinos e, pelo lado argentino, a Orquestra Filarmônica de Río Negro recebeu em maio um maestro e um compositor mexicano para fazer o mesmo com um programa de obras sinfônicas de compositores mexicanos.

Durante suas estadias, os dois compositores convidados preparam a estreia de sua obra com a orquestra e também dedicam tempo para dar uma master class e uma palestra sobre os repertórios propostos, falando sobre a estética de sua composição e dando aulas para jovens interessados. Da mesma forma, os maestros dão aulas de regência orquestral para os maestros mais jovens, sobre repertório de música argentina e mexicana.

Na primeira etapa, a Orquestra Sinfônica de Rio Negro, Argentina, dirigida por José Arean, recebeu o compositor mexicano Enrico Chapela Barba. Nesta segunda etapa, a Orquestra Sinfônica de Yucatán, dirigida por Martín Fraile Milstein, recebe o compositor argentino Mauricio Charbonnier.

Este projeto de intercâmbio conta com o apoio do Programa Ibermúsicas através da sua linha “Apoio à circulação de profissionais da música”, convocatória 2024.

• Concertos nos dias 26 e 28 de setembro. Palácio da Música do Centro Nacional de Música Mexicana, Parque Santa Lucia, Centro 97000, Mérida, Yucatán, México.

“Aurora Consurgens” é uma obra performática que busca gerar uma nova apreciação do fenômeno atmosférico das auroras boreais e austrais, por meio de uma experiência artística intercultural que envolve som e movimento. “Aurora Consurgens” explora as simetrias e assimetrias entre a aurora boreal e a aurora austral (que até algumas décadas atrás eram consideradas imagens exatamente invertidas), culminando um trabalho de dois anos de pesquisa.

A peça será estreada por músicos, coreógrafos e bailarinos da Groenlândia, Espanha e Chile durante o equinócio de outono deste ano, coincidindo com o apogeu do atual ciclo solar.

Mateo Mena é um investigador de fenómenos sonoros situados na confluência entre a ecologia e o eletromagnetismo. Nos últimos anos, ele projetou e construiu dispositivos que combinam tecnologia e arte, buscando renegociar as relações de poder entre a humanidade e a natureza através da dimensão sonora do território.

Sua principal linha de trabalho se concentra nas emissões da chamada “Rádio Natural”, transmissões de rádio de fenômenos atmosféricos ou cósmicos. Esta investigação permitiu-lhe visitar locais isolados das zonas árticas para recolher gravações eletromagnéticas e criar assim uma contra-narrativa do progresso tecnológico. Os seus projetos centram-se na forma como estas emissões invisíveis moldam a nossa compreensão da crescente poluição ambiental, apelando a uma experiência auditiva prestes a desaparecer.

Mateo Mena foi vencedor da linha “Apoio a artistas e investigadores para residências”, convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas. A partir de 21 de setembro em Tsonami Arte Sonoro, Valparaíso, Chile

“El tiempo en una canción” é o novo projeto musical de Lucía Severino. A música de Severino e sua origem costeira conferem identidade a uma proposta artística que busca expandir-se para novos espaços geográficos e culturais. A proposta expressa uma visão de gênero inclusiva, a partir de uma equipe criativa feminina, que dialoga com novas visões e linguagens artísticas.

Juntam-se a Lucía nesta turnê Ana Oliver (intérprete, bailarina e coreógrafa), Joaco Pena, Gastón Figueredo e Julieta Domínguez (músicos).

No caso específico de Tandil, a artista se apresentará em formato solo e em colaboração com sua colega Emilia Inclán, dando continuidade ao trabalho iniciado em seu projeto comum, Borde, que também foi oportunamente apoiado pelo Programa Ibermúsicas.

O show integra canções do novo álbum e outras do repertório de Lucía Severino, que fazem parte de sua discografia composta por quatro álbuns e um EP. Suas letras e sonoridade surgem organicamente como um reflexo da vida na zona costeira de Canelones. Sua música mistura a paisagem sonora cotidiana – sapos, praia, pedras – com o som urbano da tecnologia.

Lucía Severino é uma compositora, cantora, produtora e instrumentista uruguaia. Possui sólida formação em música e artes cênicas. Sua discografia é composta por Los Días (Ayui, 2014) – Presente Continuo (independente, 2017) – Una, disco em capítulos (Independente 2020/2021, reedição Bizarro 2023) – Borde (EP Independente, 2022) – El tiempo en una canción (Bizarro 2024). Produziu o single Mujeres de todas partes, composição de Estela Magnone (Bizarro, 2025).

Sua proposta musical funde a palavra falada e cantada com uma diversidade de gêneros e texturas. Ela compôs e produziu diversas músicas para obras de dança contemporânea e teatro.

Foi reconhecida em várias ocasiões, recebendo prêmios e fundos governamentais para o desenvolvimento de seus projetos artísticos. Entre suas conquistas estão: o prêmio Mec FEFCA pela trajetória e o prêmio do Fundo Ibermúsicas, além de vários apoios do Fundo Nacional de Música (FONAM) e dos Fundos Concursáveis para a Cultura do Mec.

Desde 2008, ela se apresenta ao vivo em diversos formatos, incorporando ocasionalmente propostas de artes cênicas e visuais para criar espetáculos multidisciplinares. Suas apresentações em locais emblemáticos como o Teatro Solís, Sala Hugo Balzo del Sodre, Sala Zitarrosa, Centro Cultural Politeama e La Trastienda deixaram marcas na cena artística uruguaia.

Esta turnê é possível graças ao apoio do Ibermúsicas, por meio de sua linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2024.

• 23 de setembro: Centro Cultural Ricardo Rojas, Cidade de Buenos Aires, Argentina
• 27 de setembro: Casa de Saúde, Concepción, Chile
• 4 de outubro Macanudo: Tandil, Província de Buenos Aires, Argentina

Los Frutantes é uma banda musical para crianças focada em promover hábitos alimentares saudáveis e mudanças de comportamento alimentar entre crianças de 4 a 11 anos.

Com uma abordagem lúdica e educativa, sua proposta inclui músicos fantasiados de frutas e vegetais que tocam ao vivo, juntamente com vocalistas que interagem diretamente com o público infantil. Essa dinâmica permite que as crianças se identifiquem com os personagens e as mensagens do show.

Frutantes, em seus oito anos de trajetória, demonstrou que pode ser uma contribuição artística para uma mudança de comportamento alimentar. A proposta busca consolidar e promover a banda entre a comunidade de língua espanhola na Alemanha e criar laços com entidades alemãs que buscam conhecer a experiência no uso da música como veículo de mudança.

Esta turnê alemã do Frutantes conta com o apoio do Programa Ibermúsicas por meio de sua linha de Apoio à circulação de profissionais da música, chamada 2024.

• 18 de setembro: Apresentação na escola bilíngue alemão-espanhola Hausburgschule
• 20 de setembro: Participação na “Fonda La Coliguacha 2025”, no Centro de Eventos Festsaal Kreuzberg

«Jazz para todos» é um projeto socioeducativo e artístico que une a Explayarte ao renomado músico de jazz espanhol Joan Chamorro para explorar a sua metodologia na formação profissional de licenciados em música com base no trabalho coletivo e na improvisação, com o objetivo de derrubar barreiras geracionais e abrir canais para a diversidade em toda a sua ampla gama de possibilidades.

Joan Chamorro é músico de jazz multi-instrumentista e diretor da Sant Andreu Jazz Band, com a qual alcançou resultados surpreendentes comprovados em mais de 30 gravações em formato CD e 21 discos surgidos no seio da coleção «Joan Chamorro Presenta». Protagonizou o documentário «A film about kids and music», do diretor Ramon Tort.

Explayarte, com mais de 20 anos de experiência no setor musical, é um Centro de Educação Superior cuja liderança educativa nas artes tem um impacto significativo no desenvolvimento artístico de Quintana Roo e do México.

Este projeto foi vencedor da linha «Apoio a instituições para residências» nas convocatórias de 2024 do Programa Ibermúsicas.

• 15 de setembro a 3 de outubro na Explayarte, Playa del Carmen, Quintana Roo, México

MúsicaOcupa é um festival que leva a música clássica a espaços incomuns e públicos diversos. Através do encontro de músicas e músicos provenientes de diferentes países, artistas locais e públicos diversos, o festival procura tirar a música clássica das suas formas convencionais para habitar espaços cotidianos e dialogar com o contexto. Será realizado novamente em Quito e, pela primeira vez, em Cuenca.

Após 8 edições, o festival reuniu mais de 100 músicos de 16 países, 15.000 participantes, 115 intervenções em prisões, mercados, hospitais e muito mais. 50% do público ouviu música clássica pela primeira vez.

Os concertos são experiências cénicas únicas onde a música clássica dialoga com o espaço (locais invulgares e quotidianos), com o público (interação direta e próxima) e com outras linguagens artísticas (fusão criativa).

Os Recorridos são intervenções musicais espontâneas em espaços públicos e comunitários aos quais a música clássica normalmente não chega, rompendo assim com um encontro humano através da música.

Os InSitus acontecem em ruas, praças, mercados, hospitais, centros de privação de liberdade, lares de idosos, orfanatos, etc.

O festival também possui um eixo académico de Formação e Criação Coletiva.

Trata-se de um espaço para workshops e aulas abertas, conversas e palestras interdisciplinares e espaço para a criação de novas obras musicais.

MúsicaOcupa é um projeto vencedor da convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas na sua linha de «Apoio à programação musical» através da qual o violinista brasileiro Francisco Coser e o oboísta venezuelano Vicente Moronta são convidados a participar deste encontro.

• De 13 a 21 de setembro: Quito
• De 23 a 27 de setembro: Cuenca