Categoria: Notícias gerais

  • A Orquestra de Câmara de Valdivia se apresentará no The Grand Center de Punta del Este, Uruguai

    A Orquestra de Câmara de Valdivia se apresentará no The Grand Center de Punta del Este, Uruguai

    A Orquestra de Câmara de Valdivia (OCV), um dos grupos profissionais mais destacados do Chile, alcançará um novo marco em sua trajetória ao se apresentar no The Grand Center de Punta del Este (Uruguai), no âmbito de um programa que reúne obras de Tomás Brantmayer, Roberto Mahler, Antonín Dvořák e Ermanno Wolf-Ferrari.

    A apresentação marca um passo significativo para a OCV, que ao longo de quinze anos de trajetória consolidou um trabalho artístico profundamente ligado ao território e à descentralização musical no Chile. Esta turnê simboliza a projeção natural desse trabalho para novos públicos, levando o nome de Valdivia, da Região de Los Ríos e do Chile.

    O programa, dirigido pelo maestro Rodolfo Fischer, combina repertórios e sensibilidades de diferentes origens.

    A obra “Estudio de las Texturas” do jovem compositor chileno Tomás Brantmayer reflete a busca contemporânea por novas sonoridades e formas de escrita, enquanto a “Vals Primavera” do lembrado criador Roberto Mahler (figura-chave no desenvolvimento musical de Valdivia após sua chegada ao Chile) é uma homenagem à inspiração local e à memória cultural da cidade.

    Completam o programa a Suite Checa, Op. 39, do romântico Antonín Dvořák, obra que celebra as raízes populares e melódicas da música centro-europeia, e a Sinfonia de Câmara de Ermanno Wolf-Ferrari, uma peça de elegante equilíbrio entre classicismo e modernidade.

    “Roberto Mahler foi um músico tcheco que chegou ao Chile no final da década de 1920 e se estabeleceu definitivamente no país. Ele levou o som vienense para o Chile e ensinou violino pessoalmente a muitos músicos chilenos, que continuaram transmitindo essa tradição tão especial. Valdivia, por seu passado alemão, sempre se caracterizou por ser um importante centro de formação de instrumentistas de cordas.

    Tomás Brantmayer é um dos compositores jovens mais destacados do Chile, com estreias orquestrais na Áustria, Alemanha, Grã-Bretanha e outros países. Seu estilo poderia ser definido como espectral, alcançando uma enorme riqueza de cores e ressonâncias nesta obra, especialmente concebida para o estudo da música contemporânea por jovens maestros”, afirma Rodolfo Fischer, diretor artístico da OCV.

    Para a Orquestra de Câmara de Valdivia, este concerto representa mais do que uma apresentação internacional: é a continuidade de uma missão que busca estreitar laços entre a criação chilena, a tradição universal e as comunidades que acolhem sua música.

    Desde sua fundação em 2010 sob a égide da Universidade Austral do Chile, a OCV já ofereceu mais de mil concertos, impulsionando projetos de formação, composição contemporânea e difusão musical em todo o sul do país. Financiada pelo Ministério da Cultura, das Artes e do Patrimônio, ela se posicionou como uma referência artística que promove a criação, a excelência e a descentralização cultural.

    Antes de sua viagem ao Uruguai, a OCV apresentará este mesmo programa no Teatro Municipal de La Pintana em um concerto gratuito e aberto a toda a comunidade.

    O concerto em Punta del Este conta com o apoio do Programa Ibermúsicas e faz parte da agenda internacional da OCV para 2025, reafirmando seu compromisso com a circulação da música chilena e latino-americana no mundo.

    • Quinta-feira, 13 de novembro, 19h: Teatro Municipal de La Pintana, Chile
    • Sábado, 15 de novembro, 19h: The Grand Center, Punta del Este, Uruguai

  • Ars Nova do México, o Sexteto Místico do México e Violeta Morales do Chile apresentam seu projeto “Habitar la Ruina”

    Ars Nova do México, o Sexteto Místico do México e Violeta Morales do Chile apresentam seu projeto “Habitar la Ruina”

    Habitar la Ruina é um projeto colaborativo de criação impulsionado pelo Projeto Ars Nova (coletivo mexicano de criação musical e diálogo interdisciplinar) em colaboração com o Sexteto Místico (conjunto musical baseado na obra homônima de Heitor Villa-Lobos) e Violeta Morales (artista visual chilena que explora a relação entre descarte, memória e espaço social).

    Após um laboratório virtual concluído em abril de 2025, o projeto entra em uma nova etapa de apresentações ao vivo e gravação de um álbum, onde serão exibidas as obras desenvolvidas neste processo experimental.

    O programa inclui as obras:

    • Arruinar la habitación, de Jes Bernal | A disparidade de materiais e sentimentos em um espaço sonoro.
    • Tohu va Hobu, de Rodolfo Rogel | Música como matéria caótica em mutação perpétua e emergente.
    • A micro-minimalist game: a obra que (não) teria sido se estivéssemos cara a cara, de Lucía Rodríguez Blanco | Um jogo de gestos, evoluções geométricas e criação espontânea.
    • Spirae Ager, de Eunice Shanti | Fenômenos de espirais e turbulência que criam a ilusão do infinito.

    O evento também contará com entrevistas gravadas com Violeta Morales, Tamara Miller, Onír García e uma entrevista presencial com Gonzalo T. Alonso. As obras serão interpretadas pelo Ensemble Sexteto Místico, formado por Emilia Castañeda (flauta), Daniela Sierra (oboé), Eduardo Muñoz (saxofone), Carlos Chimal Hernández (guitarra), Sariah Flores (harpa), Ezequiel González (piano) e Fernando Martínez Cueto (diretor).

    Este projeto conta com o apoio do Programa Ibermúsicas, através de sua linha de “Ajuda a projetos virtuais”, convocatória 2024, e conta com a colaboração de Pamela Limón no design gráfico e dos membros do Sexteto Místico Arturo M. Zanabria, Amílcar Baeza e Iris Córdoba.

    • Terça-feira, 11 de novembro, 18h: Concerto e apresentação do projeto no âmbito do Seminário de Música Contemporânea (SEMUC), Conservatório Nacional de Música, sala 34
    • Terça-feira, 18 de novembro, 19h: Seminário de Música Contemporânea no Salão de Ensaios da Faculdade de Música da UNAM

  • Salomão Soares Trio apresenta “Espirais” em Tour Europeia

    Salomão Soares Trio apresenta “Espirais” em Tour Europeia

    O pianista e compositor brasileiro Salomão Soares leva à Europa o mais recente trabalho de seu trio, Espirais, lançado em outubro de 2024. Ao lado de Paulinho Vicente (bateria) e Felipe Brisola (contrabaixo), o grupo se apresentará em Lisboa, Bruxelas e Lugano.

    O álbum Espirais reúne composições inéditas de Salomão, repletas de brasilidade, improvisação e interação entre os músicos. As faixas surgem de diferentes inspirações: Luzes do Carmo, dedicada a Egberto Gismonti; Dalí, em homenagem ao artista espanhol Salvador Dalí; e Espirais, que dá título ao disco, inspirada em A Noite Estrelada, de Van Gogh. Obras como Teleférico, escrita durante uma viagem a La Paz, e temas como Meditação, Flutuar, Sonhos de Criança, Irôko, Vôo pra Minas e Tem Café no Bule, completam o repertório.

    Para o pianista, a formação clássica do jazz – piano, baixo e bateria – oferece espaço para liberdade criativa e diálogo musical. “Nesse projeto só de autorais, busquei levar o mínimo de arranjos pré-estabelecidos, para que cada músico pudesse se expressar livremente, trazendo sua identidade às composições”, explica Salomão.

    A turnê europeia marca um momento especial na trajetória do trio, levando ao público internacional a força criativa de um dos pianistas mais expressivos da nova cena do jazz brasileiro.

    Nascido e criado em Cruz do Espírito Santo, interior da Paraíba, e atualmente morando em São Paulo, Salomão é pianista, arranjador e compositor. Vem se destacando como uma das grandes revelações da nova geração de instrumentistas brasileiros e já dividiu palco com nomes marcantes da música brasileira como Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Hamilton de Holanda, Leny Andrade, Filó Machado, Nenê, Vinicius Dorin, Itiberê Zwarg, Arismar do Espírito Santo, Toninho Ferragutti (com quem gravou um disco em duo), entre tantos outros.

    É vencedor do Prêmio MIMO Instrumental 2017, finalista do Piano Competition no Festival de Montreux 2017 – Suíça e vencedor do Prêmio Novos Talentos do Festival Savassi 2018, em Belo Horizonte (MG). Participou de diversos festivais ou turnês pelo mundo, como recentemente na Espanha, ao lado da cantora e compositora Vanessa Moreno e pelo Brasil todo, como no SESC Jazz, um dos mais renomados festivais de jazz da América Latina.

    A turnê europeia conta com o apoio do Programa Ibermúsicas,  por meio de sua linha “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamadas 2024.

    • 10 de novembro: Misty Festival, Teatro São Luiz, Lisboa, Portugal
    • 11 de novembro: Misty Festival, Teatro São Luiz, Lisboa, Portugal
    • 12 de novembro: Le Baixu, Bruxelas, Bélgica
    • 14 de novembro: Masterclass, Lugano, Suíça
    • 14 de novembro: Jazz in Bess, Lugano, Suíça

  • Da Uruguai, Nives Dearmas, Natalia Cabrera e Adriana Santos Melgarejo levam para a Espanha “Identidad Migrante”, concertos com obras para canto e piano da grande compositora uruguaia Beatriz Lockhart

    Da Uruguai, Nives Dearmas, Natalia Cabrera e Adriana Santos Melgarejo levam para a Espanha “Identidad Migrante”, concertos com obras para canto e piano da grande compositora uruguaia Beatriz Lockhart

    Nives Dearmas (piano), Natalia Cabrera (voz) e Adriana Santos Melgarejo (comentários) apresentarão em Madri e Barcelona dois concertos comentados, em homenagem à destacada compositora uruguaia Beatriz Lockhart (1944-2015), com obras para canto e piano.

    Natalia Cabrera é licenciada em musicologia, estudou canto em Montevidéu (Mtra. Alba Tonelli e Mtra. Beatriz Pazos), continuou sua formação vocal na Espanha (Mtra. Pepa García Maciá e Mtro. Soo-Hong Kim), e no Conservatório Superior de Múrcia, na Academia Internacional de Canto e Direção de Alicante e na Escola Superior de Música da Catalunha (ESMUC). Formou-se no Conservatório Superior de Música de Múrcia (Mtra. Carmen Lorenzo e Mtra. Carmen Lozano). No Uruguai, atuou na Aliança Francesa de Montevidéu, na Sala Brunet (SODRE) e em eventos patrocinados pelo Fundo Nacional de Música. Na Espanha, realizou concertos em diversas instituições da Região de Múrcia e da cidade de Alicante.

    Nives Dearmas é licenciada em piano pela Escola Universitária de Música, sob a orientação da Mtra. Raquel Boldorini. Obteve o título de Professora Superior de Cravo pelo Conservatório Superior de Música de Zaragoza, Espanha (Prof. José Luis González Uriol), estudou com o Prof. Edmundo Hora (Universidade da UNICAMP, Brasil) e fez masterclasses com os maestros Jacks Ogg (Holanda) e Pierre Hantai (França). No Uruguai, é solista e integrante de grupos de câmara, convidada pelo Conjunto de Música de Câmara e pela Orquestra Nacional do Sodre, pela Filarmônica de Montevidéu, e integra o Ensemble Art Cantorum. Com o Duo de Cravo Dearmas, apresentou-se em ciclos e festivais no Brasil, EUA e Europa (Israel, Holanda, Espanha, Polônia), divulgando repertório original para dois cravos (barroco, música contemporânea latino-americana e uruguaia). Tem uma intensa atividade docente, fazendo parte do corpo docente da AUDEM (Associação Uruguaia de Músicos).

    Adriana Santos Melgarejo é licenciada em Musicologia pela Universidade da República (Udelar) e mestre em Informação e Comunicação pela mesma universidade. Foi consultora musicóloga do Conselho Diretor do Serviço Oficial de Radiotelevisão e Espetáculos (SODRE), assistente acadêmica da Direção da Escola Universitária de Música da Udelar, programadora da Rádio Clássica do SODRE e estagiária no Centro de Documentação de Música e Dança do INAEM, Espanha. Escreveu inúmeros artigos acadêmicos e de divulgação e apresentou suas pesquisas na Argentina, Dinamarca, Finlândia, Espanha, Paraguai, Peru e Uruguai. Em 2023, organizou a homenagem à compositora hispano-uruguaia Carmen Barradas (1888-1963), cem anos após a estreia de “Fabricación” no Ateneo de Madrid, evento realizado em Buenos Aires, Madri e no Uruguai, nas cidades de Montevidéu, Canelones e San José, que contou com o apoio do Programa Ibermúsicas. Foi curadora do ciclo de concertos Iberomericanas, no Centro Cultural da Espanha em Montevidéu (AECID).

    Beatriz Lockhart nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1944. Estudou Composição com Carlos Estrada e Héctor Tosar na Escola Universitária de Música de seu país e depois se aperfeiçoou no prestigioso Centro Latino-Americano de Altos Estudos Musicais de Buenos Aires, Argentina, com professores do calibre de Gerardo Gandini e Luigi Nono. Após seu retorno ao Uruguai, em 1972, ganhou o Concurso Nacional de Composição da Orquestra Sinfônica Municipal e o Prêmio Internacional de Composição do Instituto Pan-Americano de Cultura. Em 1973, recebeu uma bolsa do Instituto Italo-Latino-Americano de Roma para estudar composição com Franco Donatoni, na Academia Musicale Chigiana da cidade de Siena. Estabeleceu-se na Venezuela, onde lecionou nos principais institutos musicais de Caracas, como o Conservatório Nacional Juan José Landaeta. Suas obras Microconcierto e Estampas Criollas foram estreadas, respectivamente, pelo Conjunto de Percussão da Orquestra Juvenil “Simón Bolívar” e pela Orquestra Juvenil dos Llanos da Venezuela. Também durante sua estadia em Caracas, elea recebeu o Prêmio Único de Composição da Universidade Simón Bolívar em 1978. Em 1988, após o retorno da democracia no Uruguai, voltou ao seu país, onde lecionou no Instituto de Professores Artigas, na Escola Municipal de Música e na Escola Universitária de Música. Sua obra criativa é prolífica, e suas composições para piano, para diversas formações de câmara, suas obras orquestrais e vocais são frequentemente interpretadas por instrumentistas e orquestras de renome, não apenas no Uruguai, mas também na Venezuela, Brasil, Estados Unidos, Cuba, Espanha, Romênia e Itália. Sua produção parte de diversas fontes de inspiração e inclui peças surgidas da música popular latino-americana ou da etnomúsica do continente, bem como obras nitidamente universalistas. Em 2000, foi nomeada Mulher do Ano e Membro de Honra pela Associação Mundial de Mulheres Jornalistas e Escritoras – Seção Uruguai.

    Estas apresentações de “Identidad Migrante” na Espanha são possíveis graças ao apoio do Programa Ibermúsicas através de sua linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”, convocatória 2024, e contam com o apoio do Fundo para a Promoção de Atividades Culturais no Exterior do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai.

    • 8 de novembro, 21h: Livraria Byron, Carrer de Casanova, 32, Eixample, Barcelona, Espanha
    • 11 de novembro, 11h: Universidade Autônoma de Madri, Faculdade de Filosofia e Letras, Campus de Cantoblanco, Madri, Espanha

  • “Jallalla Warmis – Que vivam as mulheres”, de Arequipa, Peru, se apresentará no “Encontro Warmi Sikuris e Warmi Lakitas na América Latina” em Santiago do Chile

    “Jallalla Warmis – Que vivam as mulheres”, de Arequipa, Peru, se apresentará no “Encontro Warmi Sikuris e Warmi Lakitas na América Latina” em Santiago do Chile

    O grupo musical Jallalla Warmis Sikuris, composto por mulheres artistas do sul do Peru, inicia sua primeira turnê sul-americana. “Jallalla Warmis: Que vivam as mulheres!” levará a música andina autóctone ao Chile, Bolívia, Argentina e Peru, em uma rota que busca fortalecer os laços culturais e visibilizar o papel das mulheres na preservação e criação do patrimônio imaterial do sul andino.

    Esta turnê representa um marco histórico para a música tradicional do sul do Peru, por ser a primeira turnê internacional realizada por uma comunidade de sikuris composta exclusivamente por mulheres. A proposta combina instrumentos ancestrais como o siku, o bombo e as ocarinas, com cantos em língua quíchua e aimará, transmitindo mensagens de reciprocidade, equilíbrio e respeito pela terra.

    “Esta viagem é mais do que uma série de concertos; é um ato de reciprocidade e amor pelas nossas comunidades. Levamos os sons do sul do Peru como uma oferta de unidade e orgulho cultural”, expressou Lucero Condori Rivera, produtora geral de Jallalla Warmis.

    Por sua vez, Nathaly Gonzales, diretora musical do grupo, destacou: “Cada turnê, cada tema, reafirma que a música autóctone é cultura viva. Graças ao apoio da Ibermúsicas, hoje nossas vozes e nossos sikus podem cruzar fronteiras e dialogar com outras mulheres músicas da América Latina”.

    Durante a turnê, a comunidade realizará apresentações musicais, workshops e encontros interculturais em universidades, casas culturais e espaços comunitários, promovendo o intercâmbio artístico e a integração regional.

    Com esta turnê, Jallalla Warmis reafirma seu compromisso com a música, a transformação social e a construção de um futuro onde a voz das mulheres andinas continue ressoando forte, livre e coletiva.

    Esta proposta foi vencedora da convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de “Ajuda à circulação de profissionais da música”. O apoio da Ibermúsicas foi fundamental para tornar possível esta experiência de circulação internacional, que contribui para o fortalecimento da diversidade cultural e da igualdade de gênero no âmbito musical latino-americano.

    • 7, 8 e 9 de novembro no “Encontro Warmi Sikuris e Warmi Lakitas na América Latina”, Santiago do Chile

  • O Festival Demo Sul do Brasil apresenta sua vigésima edição com a participação do grupo argentino Rosario Smowing

    O Festival Demo Sul do Brasil apresenta sua vigésima edição com a participação do grupo argentino Rosario Smowing

    O Festival Demo Sul, um dos maiores e mais longevos festivais de música independente do Sul do Brasil, anuncia sua 20ª edição, que acontece de 7 a 9 de novembro de 2025, em Londrina, estado do Paraná.

    Demo Sul é um festival de música independente, que desde 2001 reúne bandas locais, nacionais e internacionais em diversos dias de música, artes integradas e atividades formativas.

    Criado em 2001, o Demo Sul consolidou-se como um espaço de resistência, inovação e fomento à música independente, abrindo palco para centenas de bandas e artistas locais, nacionais e internacionais. Em duas décadas de história, o festival tornou-se um ponto de encontro entre músicos, produtores, selos, coletivos culturais e um público sempre em busca de novidades e experiências sonoras diversas.

    Ao longo da sua trajetória, o Demo Sul recebeu artistas de diferentes vertentes e ajudou a consolidar Londrina como referência no circuito da música autoral. O festival também é um espaço fundamental de formação de público, oferecendo experiências inesquecíveis para quem acompanha de perto a evolução da cena.

    Rosario Smowing é uma “rockbigband” da cidade de Rosario, Argentina. Com sua origem no final do século passado, recria a música dançante das décadas de 40, 50 e 60 ao estilo “Swing Argentino” com músicas próprias que combinam elementos e arranjos de ska, jazz, mambo, rockabilly, dixie, tango e bolero. Considerada em seu gênero uma das mais destacadas a nível nacional.

    O Demo Sul foi vencedor da convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de “Apoio à programação musical” para levar Rosario Smowing ao Brasil.

    • 7, 8 y 9 de novembro no Espaço Amadeus – Rua João Medeiros da Costa, 185, Cilo III – Londrina, Paraná, Brasil

  • O músico brasileiro Índio da Cuíca realizará apresentações na Europa

    O músico brasileiro Índio da Cuíca realizará apresentações na Europa

    Índio da Cuíca é músico, cantor, compositor e bailarino carioca com mais de cinquenta anos de carreira. Filho de sambista da Unidos da Tijuca, cresceu no ambiente das escolas de samba e tornou-se referência ao transformar a cuíca em instrumento solista, levando-a para o centro do palco.

    Com um trabalho autoral que dialoga entre tradição e inovação, Índio da Cuíca apresenta no palco a força do samba carioca, explorando ritmos, melodias e performances que cruzam música, dança e teatralidade.

    Em 2021, Índio da Cuíca realizou o seu sonho de vida ao gravar, aos 70 anos de idade, o seu primeiro disco a solo, depois de 50 anos como músico profissional acompanhando grandes músicos da MPB. “Malandro 5 estrelas” é uma obra-trajetória da vida do sambista e que nos transporta pelos vários gêneros e ritmos da música brasileira, desde o samba, aos calangos, boleros, capoeira , funk carioca e claro, os ritmos afro-brasileiros.

    Deixado nas margens pela indústria musical nos último anos, Índio, agora com 73 anos, deseja, mais do que tudo, partilhar a sua voz e a panóplia inimaginável de sons que consegue criar, com o resto do mundo apresentando um legado inestimável através de uma sonoridade urbana afrodescendente que conta também uma história de classe e etnia da cultural Brasileira. Em Lisboa, irá encerrar o ciclo de concertos organizado pela Filho Único, numa homenagem especial a Índio da Cuíca.

    Esta turnê europeia do Índio da Cuíca é viabilizada graças ao apoio do Programa Ibermúsicas, por meio de sua linha de “Apoio à programação musical”, chamada 2024.

    • 6 de novembro: Casa do Capitão, Lisboa, Portugal
    • 8 de novembro: Festival Le Guess Who, Utrecht, Países Baixos

  • O pianista português João Paulo Moreira apresentará no Brasil o concerto “Modernidade em Prelúdio: Brasil e Portugal em diálogo na aurora do século XX” com a Orquestra Sinfônica de Sergipe

    O pianista português João Paulo Moreira apresentará no Brasil o concerto “Modernidade em Prelúdio: Brasil e Portugal em diálogo na aurora do século XX” com a Orquestra Sinfônica de Sergipe

    A Orquestra Sinfônica de Sergipe apresenta o concerto “Modernidade em Prelúdio: Brasil e Portugal em diálogo na aurora do século XX”, sob regência do maestro convidado Daniel Nery e com o pianista português João Moreira como solista.

    O programa propõe uma travessia sonora entre o fim do romantismo e os primeiros lampejos da modernidade, unindo compositores que, cada um à sua maneira, traduziram a inquietação artística e a busca de novas linguagens que marcaram o início do século XX.

    “Este concerto é um olhar sobre o momento em que a música europeia se reinventava. A transição entre séculos foi também uma transição de sensibilidades: o heroísmo romântico cedia espaço à cor, ao ritmo e à invenção”, comenta o maestro Daniel Nery. “Ter um pianista português como João Moreira neste contexto amplia ainda mais o diálogo cultural, reafirmando nossos laços históricos e artísticos.”

    A abertura do programa se dá com Ludus pro Patria, da compositora Augusta Holmès (1847–1903), uma das vozes mais ousadas do final do século XIX. Escrita em 1888, a obra exalta o espírito nacional francês, combinando energia épica e refinamento orquestral. A peça simboliza o ideal heroico que marcou a estética do romantismo tardio — uma sonoridade grandiosa, mas já cheia de modernidade.

    Na sequência, o pianista João Moreira interpreta a Fantasia para piano e orquestra, Op. 20, do compositor português Luiz Costa (1879–1960). Raramente executada, a obra é um elo entre o lirismo romântico e a sofisticação harmônica que floresceu nas primeiras décadas do século XX.

    Ainda com o solista, segue-se o Concerto para piano em Sol maior de Maurice Ravel (1875–1937), uma das obras-primas do modernismo francês. Inspirado pelo jazz e pelo colorido orquestral da década de 1920, o concerto combina leveza, virtuosismo e uma poética modernidade sonora, símbolo do novo século que se abria.

    Encerrando o programa, a orquestra interpreta Les Préludes, de Franz Liszt (1811–1886). Com sua força visionária e estrutura cíclica, a obra representa o romantismo em sua forma mais grandiosa e filosófica. Ao lado de Ravel, Costa e Holmès, Liszt figura aqui como o elo ancestral — o compositor que abriu caminho para a modernidade do século XX.

    “De Holmès a Liszt, o concerto é uma narrativa sobre o tempo: sobre como a música transforma o passado em futuro. Essa é a essência da arte — a modernidade está sempre em prelúdio”, conclui o maestro.

    Daniel Nery é Doutor em Música pela Universidade de Aveiro (Portugal), Professor de Regência na Universidade Federal de Sergipe e Bacharel e Mestre pela UNESP. Em sua formação destacam-se nomes como Isaac Karabtchevsky, Roberto Tibiriçá, Johannes Schlaefli (Suíça), Fábio Mechetti, Abel Rocha e Samuel Kerr. Já esteve à frente de importantes orquestras, entre elas a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Na Europa, dirigiu a Filarmonia das Beiras (Portugal), Berlin Sinfonietta (Alemanha) e RNCM Orchestra (Reino Unido). Premiado no I Concurso Carlos Gomes para Jovens Regentes, foi maestro adjunto da Orquestra Sinfônica de Sergipe, onde idealizou o projeto Orquestra Jovem de Sergipe, oferecendo formação musical a jovens em situação de vulnerabilidade.

    João Moreira nasceu em Portugal em 1985 e iniciou seus estudos musicais aos oito anos. Formou-se em piano pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo (ESMAE), Porto, onde também concluiu o mestrado em Ensino de Música com alta distinção. Atualmente é doutorando em Música pela Universidade de Aveiro, pesquisando obras de J.S. Bach e os 24 Prelúdios para piano de Fernando Lopes-Graça.

    Participou de masterclasses com renomados pianistas e professores, como Helena Sá e Costa, Maria do Céu Camposinhos, Jura Margulis, Pedro Burmester, Claudio Martínez Mehner e Christopher Elton.

    Sua carreira inclui recitais solo em Portugal, Alemanha, México e Espanha, além de atuações como solista com orquestras, incluindo Artave Orchestra e Algarve Orchestra, com repertório que vai de Liszt a Beethoven, passando por compositores portugueses. Entre suas premiações recentes estão o 2º lugar no Calabria International Piano Competition 2023 e finalista do International Piano and Orchestra Festival, Guadalajara, México. Lançou em 2025 o seu primeiro álbum, com obras de Bach, Schubert e Saint-Saëns.

    João Moreira é reconhecido por seu virtuosismo, sensibilidade interpretativa e dedicação à pesquisa musical, sendo um dos principais pianistas portugueses de sua geração.

    Esta apresentação de José Paulo Moreira no Brasil é possível graças ao suporte do Programa Ibermúsicas através da sua linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2024. A realização: do concerto é possível graças ao aopio do Governo de Sergipe, através da Funcap. 6 de novembro, 20h no teatro Tobias Barreto, Sergipe, Brasil

  • O guitarrista paraguaio Pedro Martínez começa sua residência artística, investigativa e pedagógica nas Ilhas Canárias, Espanha

    O guitarrista paraguaio Pedro Martínez começa sua residência artística, investigativa e pedagógica nas Ilhas Canárias, Espanha

    A residência tem como objetivo compor, gravar e apresentar composições inéditas geradas a partir do intercâmbio e da prática de conhecimentos musicais da América do Sul e da Grande Canária. Através desse processo colaborativo, serão exploradas as ligações históricas e musicais entre ambas as tradições, promovendo a criação de novas obras com uma perspectiva contemporânea.

    A residência será realizada no Conservatório Superior de Música das Ilhas Canárias, em Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, e contará com a participação do professor Yul Ballesteros como anfitrião e receptor do projeto. Martínez e Ballesteros vão desenvolver essa residência, que vai ser estruturada em torno da colaboração e do intercâmbio de conhecimentos, permitindo a análise das relações e paralelos entre as músicas de ambas as regiões.

    Pedro Martínez foi o vencedor da linha “

    apoio a artistas e pesquisadores para residências” do Programa Ibermúsicas na convocatória de 2024.

    • 3 a 7 de novembro: Oficina no Conservatório Municipal de Las Palmas de Gran Canaria, Espanha
    • 9 a 11 de novembro: Laboratório de Composição em Las Palmas de Gran Canaria, Espanha
    • 16 a 23 de novembro: Concertos com apresentação de composições em Las Palmas de Gran Canaria, Espanha

  • Hoje recomendamos a playlist “Caleidoscopio – Costa Rica” criada por Elena Zuñiga para Identidades Sonoras II

    Hoje recomendamos a playlist “Caleidoscopio – Costa Rica” criada por Elena Zuñiga para Identidades Sonoras II

    Esta playlist é um caleidoscópio sonoro que reúne uma grande variedade de canções costarriquenhas de diferentes gerações e estilos musicais, cada uma aludindo a diferentes dimensões fronteiriças, desde limites geográficos, culturais, simbólicos, imaginados ou invisíveis. A fronteira, mais do que um limite físico, simboliza a reorganização de identidades e relacionamentos. Nossos corpos e palavras podem servir como barreiras ou pontes. Nessas músicas, palavras e metáforas expressam resistência e separação, bem como encontro e desencontro.

    Compositora, cantora, instrumentista e educadora musical. A música a acompanha há 30 anos e, nos últimos 16, ela tem se dedicado a compor suas próprias obras, além de criar trilhas sonoras para filmes e artes cênicas. Atualmente, é diretora e gerente do grupo “Elena y La Orquesta Lunar” (2016), com o qual já se apresentou em palcos da Costa Rica, Argentina, Chile, Guatemala e México.

    Com Identidades Sonoras, o Programa Ibermúsicas abre um novo diálogo no mundo do streaming, envolvendo-se na conversa sonora mundial e criando um espaço com propostas de audições não hegemônicas que convidam a percorrer novos caminhos. As diferentes expressões musicais que compõem as paisagens sonoras da região encontram-se aqui, em Identidades Sonoras.

    Para esta segunda edição, foram convidadas e convidados músicas e músicos que receberam prêmios da Ibermúsicas em edições recentes de nossos concursos e linhas de apoio.

    O convite consistiu em que cada um propusesse uma lista de 50 canções de artistas musicais de seu próprio país em torno do conceito de “Fronteiras”, abordando essa noção a partir de uma multiplicidade de perspectivas (fronteiras geográficas, culturais, simbólicas, delimitações possíveis ou imaginárias ou invisibilizadas).